sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Antevisão do jogo da 2ª mão da Taça CAF

 

AFROTAÇAS-2010 - “Canarinhos” galvanizados

O COSTA DO SOL parte para o embate de amanhã, diante do União Flamingo Santos, com níveis de confiança bastante elevados, depois de ter efectuado ontem, um treino de adaptação ao relvado do Estádio da Universidade do Botswana. À chegada a Gaberone, na noite de quarta-feira, os “canarinhos” não perderam tempo: realizaram uma sessão de relaxamento no pequeno campo da Associação de Futebol do Botswana.
Maputo, Sexta-Feira, 26 de Fevereiro de 2010:: Notícias
 
O estágio na África do Sul, que antecedeu a deslocação ao Botswana, galvanizou o grupo,   que se sente mais fortalecido com as três sessões de treino realizadas quarta-feira, ontem e esta manhã, com maior destaque para os últimos dois, efectuados no local do jogo.
Apesar de constrangimentos ao longo da viagem e do facto de não ter encontrado as condições que esperava na capital tswana, o Costa do Sol sente-se encorajado por partir para este desafio em vantagem e pelo estado de espírito que reina na equipa. O União Flamingo Santos não cumpriu com a promessa feita aos “canarinhos” no que respeita à hospedagem, ao colocar a turma moçambicana num “lodge”, uma espécie de casa de pasto, que se situa a sensivelmente cinco quilómetros do centro da cidade. Aliás, era sua obrigação criar as mesmas condições que encontrou em Maputo, no encontro da primeira mão: os tswanas ficaram hospedados no Hotel Turismo, um estabelecimento de três estrelas.
Perante estas condições, os “canarinhos” não hesitaram e reagiram numa conferência de Imprensa realizada ontem na Associação de Futebol do Botswana, tendo em conta os padrões que a CAF impõe, uma vez que cada clube interveniente tem o dever e a obrigação de criar as melhores condições de acomodação ao seu adversário enquanto for anfitrião. A indicação que o Costa do Sol tinha era de que estaria alojado no “Cresta Lodge Hotel”, no centro da cidade, mas, contra todas as previsões, foi levado ao “Winsor Inn Lodge”, local onde se encontra neste momento, após arranjos de última hora..
Contudo, face à experiência nesse tipo de andanças, o Costa do Sol está a usar estas barreiras todas como seu cavalo de batalha para o jogo de amanhã. João Chissano disse que a experiência tem ditado este tipo de situações em África e classificou o gesto dos tswanas como um jogo psicológico, mas, conforme sublinhou, a realidade e o valor das duas equipas serão provadas no terreno.
Na conferência de Imprensa, João Chissano frisou que o Costa do Sol é uma grande formação e preparada para todos os obstáculos. Concretamente, quanto à partida de amanhã, anotou que os “canarinhos” se prepararam da mesma maneira como o fazem quando vão ao encontro de qualquer equipa e com a mesma filosofia, que consiste em ganhar.
Questionado se partia para defender o resultado, o técnico realçou que o Costa do Sol é uma grande equipa, que não joga apenas para defender, mas sim para ganhar.
Por seu turno, o técnico do Santos, o zimbaweano Clever Hunda, voltou a afirmar que o Costa do Sol não terá um dia fácil e que a sua equipa estava preparada para superar a desvantagem. Prometeu ganhar com uma margem de quarto golos sem resposta.
“A nossa preparação foi boa. Estamos prontos. O facto de terem vários jogadores na selecção não nos intimida. Vamos jogar na mesma dimensão que o fazemos no campeonato: atacar e marcar golos”, prometeu, relembrando que muitos adeptos moçambicanos aplaudiram a sua equipa no jogo da primeira “mão” pela boa exibição e qualidade.
“Estamos prontos e ansiosos. Não vamos olhar para a sua grandeza e o facto de terem jogadores da selecção. Vamos martelá-los, e pedimos muito calor nesse dia”.
Refira-se que o Santos é o quarto classificado do campeonato tswana, à frente do campeão Gaberone United (sexto). Venceu as duas últimas jornadas  da prova, agora na segunda volta, depois que defrontou o Costa do Sol. O campeonato rodou 18 jornadas e o Santos fez 17, numa prova com 16 equipas. Igualmente, está nos quartos-de-final da Taça do Botswana.
 
(Fonte: Notícias de Maputo, SALVADOR NHANTUMBO, em Gaberone

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Prémios Moçambola- 2009

Os jogadores canarinhos Ruben e Josimar foram os dois mais populares do Moçambola 2009, na votação do público.
Ruben amealhou 77 pontos e Josimar 74.
Esperamos repitam os prémios em 2010 pois ambos mantêm-se no clube.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Taça de Honra (TOP 6/SOJOGO)

Na jornada deste fim de semana, o Costa do Sol voltou a empatar, desta vez com o Desportivo de Maputo e sem golos.
Foi um jogo tecnicamente fraco para aquilo que as duas equipas podem e devem proporcionar, mas têm a desculpa de estarmos ainda em início de época.
Os técnicos bem tentaram alterar o rumo do jogo mas sem resultados práticos.
Apesar de tudo a nossa equipa ainda foi a menos má, tendo Tó, Ruben e Egídio protagonizado as melhores oportunidades.


Ficha Técnica:

Árbitro: Farício João, auxiliado por Célio Mugabe e Joaquim Sambo.

Quarto árbitro: Estêvão Matsinhe.

COSTA DO SOL - Abu; Jonas, Kito, João Mazive (Elísio) e Paíto; Mambo (Escuro), Payó, Samito (Maradona) e Josimar; Ruben (Hilário) e Tó (Egídio).
Técnico: João Chissano
DESPORTIVO - Leonel; Cândido, Emídio, Zainadine Júnior e James (Fulgêncio); Abílio, César Bento, Tchitcho e Muandro; Isac (Roberto Carlos) e Steven.
Técnico: Akil Marcelino
Acção disciplinar: cartão amarelo para Mambo (Costa do Sol) e Emídio (Desportivo).

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Taça de Honra

A nossa equipa de futebol sénior, estreou-se na passada 4ª feira na Taça de Honra, com um empate (2-2) frente à reforçada Liga Muçulmana, agora comandada por Artur Semedo.
Foi um jogo bem disputado em que a Liga esteve por duas vezes em vantagem.

FICHA TÉCNICA:
Árbitro: Arlindo Silvano, auxiliado por Ivo Francisco e António Semba. Quarto árbitro: Araújo Martinho.

COSTA DO SOL - Antoninho; Kito, Manuelito, Paíto e João Mazive; Payó (Mambo), Samito (Maurício), Mandla e Ruben (Perry); Josimar (Gomes) e Betinho (Egídio).
Técnico: João Chissano

LIGA MUÇULMANA - Vítor; Matombe, Fanuel, Aguiar e Marito; Paíto (Carlitos), Vling e Micas; Jumisse (Chana), Filipe (Pedro) e Eurico (Massitara).
Técnico: Artur Semedo

Acção disciplinar: cartão vermelho para Fanuel

O Desportivo e o Matchedje comandam com 4 pontos mas com dois jogos, enquanto a nossa equipa e o Ferroviário têm apenas 1 jogo.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Taça CAF - Costa do Sol-Santos

A estreia dos "canarinhos" na Taça CAF, edição 2010 não foi das mais famosas em termos de exibição, embora tenha conseguido um resultado bom e que deixa boas perspectivas para a passagem da eliminatória.
Jogando no seu estádio perante a equipa do Santos, do Botswana, venceu por 2-0, com golos de Josimar (de penálti) ainda na 1ª parte e de Ruben já bem perto do final do jogo, numa altura que os tswanas jogavam com dez unidades devido a expulsão dum seu jogador.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: Sikazwe Janney, auxiliado por Tembo Bruno e Banda Azipu, todos da Zâmbia. O quarto árbitro foi o moçambicano Samuel Chirindza.
COSTA DO SOL: Abú; Mambo, João, Kito, Jonas, Dito, Samito (Hilário), Ruben, Jossimar, Tó e Perry (Payó).
SANTOS: Dobe; Golfrey (Mapori), Makbatsi, mante, Sefoko, Bushy, Thato (Motibi), Farasai, Ngele, Zikhale (Dinguere) e Bankang.
ACÇÃO DISCIPLINAR: “Amarelos” para Jossimar e Mambo, ambos do Costa do Sol, e Bankang, do Santos por duas vezes, originando um cartão vermelho.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A minha forte ligação ao futebol moçambicano - I

Este artigo foi publicado na rubrica "Exclusivo" do Jornal da Gloriosasfera nº 6.

Desde que me conheço sou benfiquista certamente porque o meu pai e irmãos mais velhos também eram.

Muito jovem fui viver em Moçambique para uma cidade chamada Quelimane.
Para além de estudar, como era um apaixonado por futebol e benfiquista, decidi ir treinar ao então Benfica de Quelimane tendo sido inscrito na equipa de júniores.

Convém lembrar especialmente para os mais jovens que Moçambique foi colónia portuguesa até 25 de Junho de 1975, data da sua independência. E que, antes da independência, havia Benficas e Sportings nas principais cidades mas quase nenhum Porto! Lembro que Nené e Shéu vieram do Benfica da cidade da Beira. De Quelimane, veio o meu colega e amigo Eurico Caires, pai do também ex-jogador do Benfica Bruno Caires. Isto para não falar dos mais antigos, casos dos nossos Eusébio, Coluna, Costa Pereira, etc.

Os estudos levaram-me até à capital de Moçambique, na época Lourenço Marques, actual Maputo e aí como não podia deixar de ser, a paixão pelo Benfica levou-me ao Benfica de L.Marques.

Poucos anos mais tarde dá-se a independência e com ela a grande debandada de portugueses rumo a Portugal. Eu decidi ficar. O futebol federado já tinha ficado para trás por vários motivos mas o principal talvez tenha sido a falta de estofo físico, passando a jogar por passatempo no campeonato de trabalhadores disputado entre empresas.

Os clubes moçambicanos sofreram na pele a debandada dos portugueses pois eram os seus principais dirigentes. Muito jovem para os padrões habituais do dirigismo desportivo, em 1976 fui convidado a integrar a direcção do ainda Benfica mas já de Maputo em vez de L.Marques onde fiquei até 1982, data em que resolvi voltar para Portugal.

Foram 6 anos da minha vida que nunca esquecerei pela forma apaixonada e intensa com que me dediquei ao clube, primeiro como Secretário-Geral e depois como Vice-Presidente, acumulando com a chefia do departamento de futebol.

O clube não tinha ainda grande estatuto no panorama futebolístico moçambicano. A maioria estranhará mas explico. É que na então Lourenço Marques, a filial do Benfica começou por ser o Desportivo que ainda hoje conserva a águia no seu emblema mas cujas cores eram o preto e branco e só em 1955 foi fundado o Benfica pois alguns benfiquistas não se reviam naquele clube e quiseram ter um clube que equipasse de vermelho e branco e se chamasse Benfica. Com a divisão de adeptos e falta de “mecenas” o Benfica era apenas o quarto clube, atrás dos históricos Desportivo, Ferroviário e Sporting de L.Marques fundados nos anos 20.

Até à independência o Benfica não tinha nenhum campeonato ganho, quer distrital, quer provincial, apenas umas Taças de Honra e vitórias em Torneios.

Curiosamente, a independência veio a ser benéfica para o Benfica e especialmente para o seu sucessor Costa do Sol porque o enfraquecimento dos outros ao nível do dirigismo e dos apoios financeiros veio equilibrar as forças.

Não durou muitos mais anos o nome Benfica, pois em 1978 foi decretada a mudança dos nomes, das cores, dos símbolos de todos os clubes que tivessem alguma ligação com o colonialismo.
Tivémos então de escolher outro nome. Grande dilema se nos deparou. Na altura a direcção do clube era composta por metade de portugueses e metade de moçambicanos mas todos com uma paixão em comum, o BENFICA.

Acabámos por escolher o nome Clube de Desportos da Costa do Sol pois as instalações do clube situavam-se numa zona muito bonita por sinal, junto à praia da Costa do Sol.

Manuel Oliveira

Nota do autor:
Para os que não me conhecem, ou não se lembram, fui dirigente do Benfica de Maputo, depois Costa do Sol, de 1976 a 1982, sendo (modéstia à parte) um dos obreiros pelo nascimento do grande Costa do Sol, tendo tido por companheiro o actual Presidente desportivo, Issufo Mogne e já na parte final desse período os actuais Presidente, José Neves e o Vice-Presidente, Rui Tadeu.

O blog dos canarinhos na Gloriosasfera

O "blog dos canarinhos" fez uma parceria com a Gloriosasfera benfiquista, tendo havido uma troca de "LOGOS".
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Retorno do blog

Depois de quase três meses de paragem por diversos motivos, sendo o principal o período do defeso, vamos retomar os posts aqui no blog.

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